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Ferdinand Krumholz (atribuído)
Dom Pedro II, s/d
Óleo sobre tela, 90 x 70 cm
Museu Imperial/Ibram/Secult/MTur
Retratos da Vida da Corte
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Ferdinand Krumholz (atribuído)
Dom Pedro II, s/d
Óleo sobre tela, 90 x 70 cm
Museu Imperial/Ibram/Secult/MTur
Retratos da Vida da Corte
Durante a maior parte do século XIX, o Brasil viveu sob o regime monárquico – primeiramente como parte integrante do Império português e, após a Independência, como monarquia parlamentar, até 1889. A centralidade da figura do imperador, como chefe de Estado e da Casa Imperial, como manifestação das relações de poder em torno da corte, gerou um complexo sistema de cerimônias e etiquetas que orientava as interações sociais em todos os níveis. A concessão de títulos nobiliárquicos e honrarias servia para referendar o status social e econômico, enlaçando os agraciados em uma hierarquia que procedia da família imperial até os súditos comuns, passando por duques e duquesas, marqueses e marquesas, condes e condessas, viscondes e viscondessas, barões e baronesas, e ainda os comendadores e dignitários das diversas ordens imperiais.
No contexto da vida da corte, os retratos pintados exerceram a função de dar visibilidade à posição social do retratado. Antes do desenvolvimento da litografia e da fotografia, os retratos costumavam ser propriedade exclusiva de pessoas com alto poder aquisitivo. Era caro mandar executar uma pintura de cavalete, e quanto mais eminente o pintor, maior o custo da obra. Poucos, então, eram os que podiam se fazer retratar em mármore, como nos bustos realizados por Ferdinand Pettrich.
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Ferdinand Krumholz (atribuído)
D. Teresa Cristina, s/d
Óleo sobre tela, 94 x 74,5 cm
Museu Imperial/Ibram/Secult/MTur
Atraídos pelo lucrativo mercado local, diversos artistas estrangeiros especializados em retratos vieram para o Brasil. O celebrado Ferdinand Krumholz passou quase cinco anos aqui, pintando retratos da família imperial e de diversas personalidades da aristocracia. Ernst Papf, estabelecido após 1880 em Petrópolis, notabilizou-se por suas fotopinturas, assim como o fizeram a dupla Augusto Stahl e Germano Wanschaffe. A intrincada teia de relações que enredava retratistas e retratados revela muito sobre as minúcias da sociedade brasileira do período imperial.
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Olhar a gente brasileira
Exposição O Olhar Germânico na Gênese do Brasil
Curadoria Maurício Vicente Ferreira Júnior e Rafael Cardoso